A TROUPE DA FANTASIA

 

APRESENTA

A troupe da Fantasia criada em 1992 por Orlando Basptistim é composta por atores profissionais, dramaturgos, diretores, figurinistas e pedagogos que cuidam de todo o processo de montagem de um espetáculo, desde a criação e avaliação pedagógica e didática dos textos até a busca pela excelência artística dos espetáculos.

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BULLYING CONTRA PROFESSORES

Atos de violência física ou psicológica, repetidas e intencionais, praticado por um indivíduo ou por um grupo de indivíduos podem gerar mais violência, além de deixar seqüelas irreparáveis para a vítima, que nem sempre é um aluno.

Muito se fala do bullying nas escolas e universidades, quando o violentado é o aluno. Mas, e quando a violência é praticada contra o professor? Estudos apontan que o bullying contra o educador tem crescido assustadoramente nos últimos anos, contudo o assunto ainda é pouco explorado pela mídia.

Cresce a cada dia o número de professores que são violentados, na acepção mais ampla do termpo por alunos, pais e gestores escolares, que insistem em ignorar o real papel do mestre no processo de apresdizagem.

No Ceará, a poucos dias atrás, soubemos que, dos aprovados no ultimo concurso público para o magistério estadual, mais de 20 % pediram demissão por vários fatores, e que  dentre os fatores de maior destaque estava a insegurança dos professores.

O problema é muito mais grave do que pensamos, pois quando o bullying é praticado contra o professor, este acaba não tendo a quem recorrer. Os gestores não querem se comprometer. Os alunos, algumas vezes, são coniventes com a violência; e os demais professores, com receio de represarias, nada fazem para auxiliar o educador violentado. Acaba sendo gerado um clima de acomodação e de perpetuação do problema.

A violência física ou psicológica, repetida e intencional contra o professor acaba sendo tratado como casos isolados impossibilitando assim que sequer seja construído um banco de dados estatísticos, para análise dos dados e adoção de
medidas corretivas capazes de minimizar o problema.

Os violentados acabam por trilhar pelo solitário caminho do registro de um Boletim de Ocorrência, que se acumulará a outros milhares que acabam empilhados nas esquecidas delegacias, isso quando não se perderem para sempre  na escuridão  do novo mundo virtual.

O acúmulo de papeis nas delegacias e na justiça incomoda a todos, mas pior que as prateleiras repletas de processos ou inquéritos, é termos consciência de que o processo de virtualização, tornou a morosidade e a ineficiência estatal invisíveis a sociedade.

Devemos erguer a bandeira do combate à prática perversa do bullying nas escolas e universidades, não apenas quando cometidas contra os alunos. Devemos de igual forma adotar uma postura combativa, quando dirigida aos professores. Afinal de contas devemos a este trabalhador a missão silenciosa e discreta de formar a sociedade do amanhã.

FONTE: www.recantodasletras.com.br

Flavio Aragão

Enviado por Flavio Aragão em 01 / 05 / 2011

Código do texto t2942866

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PRÓXIMAS APRESENTAÇÕES

Sr. (a) Educador (a) solicite seu ingresso gratuito. Envie e-mail para:
polakoteatro@yahoo.com.br

02 de Setembro – 15:00 horas
Teatro Grande Otelo – Osasco
Contratantes : Vereador Aluisio Pinheiro e Deputado estadual Marcos Martins

09 de Setembro – manha e tarde
Centro Cultural de Embu Guaçu
Contratante: Secretaria de Cultura de Embu Guaçu
16 de Setembro – 14:00 horas
Teatro Grande Otelo – Osasco
Contratante: Escola Estadual Ernesto Thens de Barros
20 de Setembro – 14:00 horas
Teatro Jorge Amado – Carapicuíba
Contratante: E.E. Vitório Fornasaro
28 de Setembro – 10:00 horas
Teatro SESI Piratininga – Osasco
Contratante: SESI – Projeto Circulação de espetáculos locais
29 de Setembro – 19:00 horas
Centro Cultural Indaiatuba
Contratante – CMDCA – Conselho Municipal da Criança e Adolescente de Indaiatuba

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Notícias da temporada 2011

14/06/2011

O espetáculo BULLYING NÃO É BRINCADEIRA! , foi selecionado pelo
o edital ; PROJETOS LOCAIS 2011 do SESI OSASCO. Isso nos orgulha e faz crer que estamos no caminho certo.

Polako Ferreira
Autor e diretor

14/06/2011

A secretaria de Educação de Osasco está finalizando negociações para a contratação  do espetáculo BULLYING NÃO É BRINCADEIRA! A intenção é que todos os educadores e gestores da rede (mais de 3.000) possam assistir ao espetáculo.

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Críticas sobre o espetáculo

Recomendo esta peça a todos os educadores que, sensibilizados pelo massacre do Realengo, estão mais cuidadosos quanto ao bulllying, que acontece nos corredores e cantinhos de nossas escolas, sem que nós adultos tenhamos conhecimento.

Esta peça, marcada pela sensibilidade do autor e diretor Polako Ferreira e pela alta perfomance de seus atores, é uma lição de vida. Pode ser levada às escolas e debatida com os alunos, provocando reflexão coletiva sobre o tema.

A peça evidencia os vários protagonistas do bullying – a família, os jovens, seus professores e os dirigentes da unidade escolar.

Antonia Maria Nakayama

Professora da UNIP e Coordenadora do Fórum Oeste de Educação Inclusiva – FOEI

REFLEXOES SOBRE O BULLYING

Imaginar uma vida sem violência é o desejo de todos os seres e um projeto de vida para alguns educadores não somente no Brasil como em todos os lugares do mundo. A história da violência é muito interessante e perversa.

Nos primórdios da civilização, o indivíduo de tenra idade – criança – era instruído por um escravo com conhecimento em várias ciências – pedagogo – em salas com grandes acervos de informação. O marco inicial da educação foi a violência para instruir.

Hoje temos todas as escolas filosófico-educacionais refletindo sobre formas e meios de educar. Uma escola pedagógica bem envolvida no tema deste texto é a pedagogia paulo freireana.

Paulo freire em suas reflexões escreveu sobre a opressão do educando e do educador em luta para construir uma educação sem violência. Eis que estamos com o precursor dos estudos de bullyng na pedagogia.

O bullyng é uma modalidade de violência como tantas outras que historicamente são de longa duração e com desdobramentos dos mais variados possíveis.

Como o mestre Paulo Freire dizia… o educador aprende a ensinar com o educando ensinando a aprender. Isso pode ser levado a nano-esfera familiar. Vemos lares com falta ou sem estrutura e isso é sensivelmente observado pelos pequenos que estão em processo de construção de suas identidades sociais e emocionais.

Uma peça teatral que se dispõe a tocar numa temática tão pedregosa, pode ter somente dois caminhos a seguir: o sucesso pelo mérito do trabalho conjunto e individual, onde conseqüentemente, o público identifique, reflita e mude sua postura frente ao problema ou tenha o espetáculo somente como entretenimento e não consiga refletir sobre isso após a calçada do teatro.

É óbvio que as críticas podem ser pontuadas em várias perspectivas, mas é necessário entender que o discurso da apresentação foca a reflexão e a construção de valores que subjuguem a violência e elevem o indivíduo em sua essência e em seus valores individuais para um conjunto ou comum-unidade.

Fiquei muito comovido ao ver no Teatro Municipal de Osasco, escolas com grupos distintos de alunos num mesmo espaço com realidades diferenciadas – alunos pré-adolescentes entre 09 a 12 anos e pessoas com necessidades especiais – senti o poder que tem um espetáculo que trata justamente das diferenças. Deste modo, como tendemos a lidar com elas nas mais variadas situações podendo até mesmo partir para a violência física, psíquica, moral e comportamental como solução para os conflitos.

Conflitos não são ruins, o que é ruim é a resultante violenta do evento. Posso ter discordância com outrem por vários motivos, mas isso não me autoriza a sobrepujar o outro em detrimento a minha opinião. A liberdade é algo que buscamos desde os nossos primórdios e desde então somos vítimas de nós mesmos com atos descabidos de violência gratuita. É necessário rever os meios educacionais, as posturas familiares, profissionais, sociais para extinguir o bullyng de uma vez por todas.

Ser vítima de bullyng todos nós em algum momento fomos em nossas vidas, o que não podemos mais é deixar que isso seja visto como algo normal e manter este estado de coisas onde somente muda os eventos e seus resultados mas os motivadores perpetuam-se em nossas mentalidades e ações.

Com este intuito passo a fazer parte da família bullyng não é brincadeira, onde convido a todos (as) educadores (as) participarem desta campanha indo ao teatro ou levando à escola onde estuda ou leciona, não como solução para os conflitos, mas como reflexão para que em cada grupo sejam encontradas as soluções mais práticas para este tipo de problema.
Leve este espetáculo, vale muito a pena assisti-lo.

Cristiano Ramalho- Educador- Historiador- Ator

 

Peça sobre Bullying reúne estudantes, pais e educadores no Ciaei

Publicado por Redação em 30 setembro 2011 – Comentar

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) ligado à Secretaria Municipal da Assistência Social reuniu cerca de 700 pessoas na noite desta quinta-feira (29) no Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba) durante a apresentação da peça teatral “Bullying não é Brincadeira”. A grande maioria do público presente era formada por estudantes de escolas municipais, estaduais, particulares, integrantes do Projeto Projovem do Centro de Referência em Assistência Social (Cras), escoteiros, entre outros.

Muitos pais, professores e educadores também prestigiaram o evento. Na abertura, a Secretária de Educação, Rita de Cássia Trasferetti, parabenizou o CMDCA pela iniciativa. “Precisamos tratar o bullying com diálogo e seriedade. A parceria entre escola e família, entre pais, professores e alunos é de grande importância para combatermos esse problema existente em nossa sociedade”, alertou.

A peça, apresentada pelo Núcleo Artes Produções com texto e direção de Polako Ferreira, aborda a questão de uma maneira bem humorada. Caracterizados como palhaços, os atores mostram diversas situações de bullying entre amigos, entre irmãos, na escola, contra os professores, e ainda a questão do assédio moral e da exclusão. O espetáculo ainda alerta sobre os reflexos dessa discriminação na vida adulta.

Na opinião da presidente do conselho, Noêmia Giatti Rocato, esta foi uma maneira mais atrativa encontrada pelo CMDCA para tratar de um assunto tão denso. “Nossa intenção é que todas as crianças que assistiram à peça transmitam esse aprendizado no ambiente familiar, escolar e entre os amigos”. Após a apresentação os atores promoveram um bate-papo com o público sobre a questão do bullying

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Práticas de combate ao bullying

Origem da palavra:

A palavra “Bully” é de origem inglesa e significa “valentão”. Grande parte das pessoas confunde ou tende a interpretar o bullying simplesmente como a prática de atribuir apelidos pejorativos às pessoas, associando a prática exclusivamente com o contexto escolar. No entanto, tal conceito é mais amplo. Para o cientista norueguês Dan Owelus, o bullying se caracteriza por ser algo agressivo e negativo, executado repetidamente e que ocorre quando há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Desta forma, este comportamento pode ocorrer em vários ambientes, como escolas, universidades, no trabalho ou até mesmo entre vizinho.

     Basicamente, a prática do bullying se concentra na combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais acomodadas, passivas ou que não possuem condições de exercer o poder sobre alguém ou sobre um grupo. Em outras palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social. No ambiente de trabalho, a intimidação regular e persistente que atinge a integridade e confiança da vítima é caracterizada como bullying. Entre vizinhos, tal prática é identificada quando alguns moradores possuem atitudes propositais e sistemáticas com o fim de atrapalhar e incomodar os outros. Falando especificamente do ambiente escolar, grande parte das agressões é psicológica, ocasionada principalmente pelo uso negativo de apelidos e expressões pejorativas.

      No entanto, as práticas do bullying no ambiente escolar também se referem às agressões de caráter físico. Um dos casos mais chocantes de bullying escolar foi o de Curtis Taylor, um aluno do oitavo ano de uma escola secundária em Iowa, Estados Unidos. Curtis foi vítima do bullying durante três anos consecutivos: era espancado nos vestiários da escola, suas roupas eram sujas com leite achocolatado e seus pertences, vandalizados. Curtis não resistiu ao sofrimento e humilhação e suicidou em 1993. Este não foi um caso isolado. Na década de 90, os Estados Unidos se depararam com uma onda de tiroteios em escolas, realizados por alunos que se intitulavam vítimas da prática.

    Depressão, ansiedade, estresse, dores não-especificadas, perda de auto-estima, problemas de relacionamento, abuso de drogas e álcool são os principais problemas associados ao bullying.

O que é?

Conceito

Ainda que avesso a estrangeirismos, teremos que utilizar a expressão BULLYING pois não há na nossa língua palavra que conceitue o conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetidas sem motivo aparente que causam sofrimento. Essas atitudes podem ser perpetradas por um aluno ou “grupo” de alunos contra outro, causando um desequilíbrio de poder entre iguais e a conseqüente intimidação. Bom humor e brincadeiras são comuns na juventude e devem estar sempre presentes em nossas vidas, mas a linha divisória entre atitudes dessa natureza e Bullying, por vezes, é tênue. Para fazermos a diferenciação é importante observarmos a relação: intenção/repetição/motivação com o sofrimento causado. Em geral, esse comportamento abusivo que ocorre frequentemente nas escolas é tido como normal, habitualmente ignorados ou não valorizados da devida forma por pais e professores.

      A dificuldade de encontrar palavra ou expressão que sintetize essa ampla significação também ocorre em línguas como o Alemão, Francês e o Espanhol, entre outras, daí a adoção universal do termo BULLYING.


    Classificação por tipo de atitude

Sexual: assediar, induzir e/ou abusar.

Exclusão social: ignorar, isolar, excluir.

Psicológica / Física: perseguir, amedrontar, olhar ameaçadoramente, não aceitar opiniões, impor sua vontade, aterrorizar, intimidar, dominar, infernizar, tiranizar, chantagear,manipular, bater, colocar apelidos.  As intimidações podem, ainda, ter caráter homofóbico ou racial/étnico.

     Podemos classificar, também, o Bullying como direto ou indireto, ou seja, com a presença da vítima ou não – casos de isolamento, por exemplo. Há ainda a situação denominada cyberbullying, que é a utilização da internet (orkut, MSN) ou o celular (fotos, mensagens) para as agressões.

Classificação quanto a gravidade

Ainda que a gravidade esteja diretamente relacionada com o sofrimento causado, já que a reação quanto às agressões dependerá da individualidade dos alvos, pode-se, pela gravidade, classificar conforme segue:

Leves: apelidar, “zoar”, “encarnar”, ofender, “encarar”.

Médias: excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, dominar.

Graves: empurrar , agredir, roubar/quebrar, ofender parentes, discriminar.

Onde ocorre

O Bullying está presente em todas as escolas, sem exceções, em todo o nosso país e, possivelmente, em todo mundo, independente de cultura e níveis sociais. É fruto, entre outros fatores, de modelos educativos falhos a que foram submetidos as crianças no seio familiar, no que, destacamos:

Ausência de limites e de valores.

Punições físicas.

Exposição a ambientes violentos.

Modelo autoritário e repressor na família, que usa de agressividade e explosão para a solução de conflitos.

Falta de regras de convivência e falta de afetividade.                                                                                                                                           

Supervisão deficitária dos pais.

Personagens e sua participação

Quanto à participação, os jovens dividem-se em agressores, vítimas ou alvos e espectadores ou testemunhas. Há os que são vítimas e agressores.

Agressores

Além dos fatos geradores elencados anteriormente, fatores individuais, como hiperatividade e distúrbios comportamentais, contribuem para a adoção dos comportamentos agressivos. Normalmente, os agressores são alunos “populares”, envolve-se em situações anti-socais e de risco, como envolvimento com drogas, álcool e tabaco, bem como em brigas. Têm comportamento agressivo também com adultos, não aceitando subordinação, no que se gabam de sua postura. Satisfazem-se em dominar e impor sofrimentos e, insatisfeitos com a família e a escola, são gazeadores. Mantém um grupo em torno de si com o qual dividem a responsabilidade e sentem-se mais forte. Os componentes desse grupo, que gravitam em torno do líder ou líderes, também são considerados agressores.

   Ainda que não haja estudos conclusivos, admite-se que os que praticam o Bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos antisociais e/ou violentos, criminosos, perpetradores de violência doméstica e/ou abuso sexual.

Vítimas ou alvos

   Pouco sociáveis, não dispõem de status, recursos ou habilidades para impor um basta ao que sofrem. Inseguros e sem a esperança de adequarem-se ao grupo, não pedem ajuda. De baixa auto-estima, podem crer que são merecedores do sofrimento, o que, muitas vezes é incentivado pela falta de intervenção dos adultos. De baixo rendimento escolar, resistem para ir a escola, simulando doenças. O tempo, intensidade e a regularidade das agressões contribuem fortemente para o agravamento dos efeitos. Autodestruição, momentos de explosão, desejo de vingança, porte de armas, depressão e até tentativas de suicídio podem ser conseqüências do Bullying

   O comportamento, hábitos ou modo de vestir fora dos padrões, a raça, o tipo físico, a falta de habilidade em esportes podem ser motivos para torná-los vítimas. Infantilização, proteção e críticas excessivas dos pais podem potencializar a vitimização do jovem, que terá dificuldades em defender-se e enfrentar desafios. Dificilmente a vítima pede ajuda, revelando de forma espontânea ser alvo de Bullying.

Espectadores ou testemunhas

   Os “demais” são a maioria dos alunos. Ou entendem o Bullying como normal e ficam felizes por não serem atingidos ou, mesmo incomodados, não reagem com o temor de tornarem-se vítimas. Questionados, transmitem uma falsa normalidade do ambiente, ajudando a reforçar a ação dos autores. Há os que, com senso de justiça, interferem nas ações, chamando um adulto para ajudá-los.

   As testemunhas de Bullying, ainda que não participem diretamente das agressões, também terão a formação de seu caráter afetado por esse fenômeno. Afinal, qual o resultado desse ambiente contaminado que não cidadãos egoístas, que aceitam as injustiças da sociedade de forma passiva, sem protagonizar ações para seu aperfeiçoamento?

Agressores e vítimas

  Há aqueles que, tanto sofrem, como perpetram agressões.

Histórico

  No início dos anos 70, na Noruega, o Professor Dan Olweus iniciou a investigação desse fenômeno mas não recebeu a necessária atenção das instituições e autoridades. O suicídio de três jovens, na década de 80, desencadeou atitudes que culminaram na Campanha Nacional Anti- Bullying, em 1993. A repercussão da redução em torno de 50% nos casos de Bullying, incentivou Reino Unido, Canadá e Portugal a desenvolverem suas próprias ações.

  Atualmente, em diversos países, pesquisadores dedicam-se ao assunto e, ainda que não haja conclusões sobre o reflexo do Bullying na vida adulta, dadas suas conseqüências, o tema é tratado com tanta seriedade quanto o racismo e a drogadição.

  Na Europa, além de legislação específica, ações integradas incluem países como Espanha, Itália, Alemanha e Grécia nessa luta. Nos Estados Unidos, Bullying é um fenômeno crescente com casos dramáticos expostos pela mídia mundial.

Dados

A maior pesquisa sobre Bullying, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau admitem ter sofrido Bullying, pelo menos uma vez por semana; no segundo grau, 10%.

Estudo realizado pela ABRAPIA, em 2002, com 5875 estudantes de 5ª a 8º séries, em 11 escolas cariocas, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bullying.

Os estudos apontam que o Bullying ocorre mais no ensino fundamental.

Os meninos estão mais envolvidos tanto como agressores como vítimas. É raro serem vítimas de meninas. Já as meninas, que são agredidas tanto por meninos

quanto por meninas, sofrem mais com o isolamento e a difamação.

Conseqüências no ambiente escolar e na sociedade

    Se aprofundarmos nossa reflexão, veremos claramente que o Bullying, esse fenômeno cruel e silencioso, não traz somente conseqüências negativas para o ambiente escolar. A sociedade nada mais é que o resultado das atitudes de cada um de seus membros. Essas relações desestruturadas na juventude, quando da formação de valores e do caráter, irão refletir duramente ao longo da vida desses alunos. Bullying está diretamente relacionado com futuro profissional, está diretamente relacionado com uso de drogas, com a violência sexual e doméstica, com os crimes contra o patrimônio, e, conseqüentemente, com a necessidade de altos investimentos governamentais para atender a demanda da justiça, dos presídios, dos programas sociais e da saúde.

   Criança sem limites e sem amor … aluno perpetrador de Bullying … adulto violento e desestruturado: ainda que não seja a regra, essa é a absoluta probabilidade. Quebrar esse ciclo na escola é revolucionar a sociedade!

Tópicos importantes para pais e educadores

Indícios que seu filho/aluno pode estar sendo alvo de Bullying

Baixo rendimento escolar.

Não querer ir a aula / simular doenças / medo / pedir para trocar de escola.

Pedir para sempre ser levado à escola.

Voltar para casa machucado ou com pertences rasgados.

Mudança de comportamento / comportamento fechado / depressão / baixa auto-estima.

“Perder” dinheiro.

Evitar falar sobre o assunto.

Pesadelos / sono conturbado.

Caso se confirme que o jovem está sendo vítima de Bullying, não o culpe. Faça elogios pela coragem de contar e busque ajuda na escola. Não peça a ele o que não seja capaz de fazer.

Evitando a formação de agressores

As seguintes características são comuns na formação dos agressores:

Esperam sempre que atendam suas ordens, pois foram mal acostumadas em casa.

São intimidados em casa e vistos como “problema”.

Sofrem castigos físicos e/ou algum tipo de abuso.

São pressionados para o sucesso.

São humilhados pelos adultos.

Os agressores não precisam de punição e sim de ajuda. Em um programa Anti-Bullying jamais podem ser marginalizados e sim tratados também como vitimados pela situação.

Algumas considerações para pais/professores de alunos que cometem Bullying

Não ignorar a situação, mas manter a calma e controlar a própria agressividade, mostrando que a violência deve ser evitada.

Não agredir nem intimidar.

Mostrar que não aprova o comportamento mas não deixa de amá-lo.

Dialogar, buscando o que pode ser feito, bem como o que pode estar levando àquele comportamento.

As orientações e limites devem ser claros e firmes.

Crie situações em que ele possa ser útil e solidário, elogie sua evolução.

Uma vez reforçados os conceitos básicos, passemos para as ações de enfrentamento:

Estratégias para o combate ao B ullying

Os fatores que levam ao Bullying são diversos. Os aspectos sociais e culturais são fundamentais para sua solução. Nesse sentido, não há fórmulas prontas para a elaboração e execução de um programa Anti-Bullying. Mesmo assim, algumas premissas básicas, bem-sucedidas em experiências de sucesso, devem ser levadas em conta:

Ampla divulgação do conceito Bullying;

Nomeação de guardiões ou tutores de turmas – professores responsáveis pela implantação e acompanhamento em cada uma das turmas;

Criação de equipes de alunos solidários que darão suporte aos professores;

Investigação e serviços para que as vítimas possam encontrar apoio e narrar seu sofrimento; Para o item acima, cabe destacar a ação do Projeto Educar para a Paz, da pesquisadora Cléo Fante, que estimula os alunos a escreverem redações com os títulos “Minha Vida Escolar” e “Minha Vida Familiar” que mostra-se ferramenta para que as vítimas desabafem.

Fonte: paisonline.homestead.com

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